Num ambiente de tranquilidade e sabedoria, o músico, compositor, intérprete e pesquisador Cândido Ananaz protagonizou um encontro memorável com Sua Majestade, o Rei do Bailundo, uma das figuras mais respeitadas da cultura angolana. O momento foi marcado por conversas profundas sobre a importância da pesquisa cultural e da preservação das tradições orais e musicais do povo Ovimbundu.
Cândido Ananaz, conhecido pelo seu compromisso com a valorização das raízes angolanas, tem dedicado a sua carreira não apenas à música, mas também à investigação dos ritmos, histórias e expressões culturais que moldaram a identidade nacional. Nesta visita ao Reino do Bailundo, partilhou com o Rei reflexões sobre o papel da arte como ferramenta de educação, resistência e união.
Durante o encontro, foram abordados temas como a ancestralidade, a transmissão do conhecimento entre gerações e a necessidade de registar as tradições para que não se percam com o tempo. Segundo o artista, “a música é também uma forma de arquivo vivo — nela guardamos a memória do nosso povo”.
O Rei do Bailundo, por sua vez, destacou a relevância do trabalho de artistas e pesquisadores que se aproximam das comunidades tradicionais para compreender e divulgar a riqueza cultural do país. A conversa decorreu num clima de respeito mútuo, troca de experiências e reconhecimento da importância de se manter viva a essência das origens.
Mais do que um encontro entre um artista e um líder tradicional, este momento simboliza a união entre a modernidade e a tradição, entre a investigação académica e a sabedoria ancestral — um verdadeiro diálogo entre o passado e o presente que inspira as novas gerações de criadores e pensadores angolanos.
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